domingo, 2 de maio de 2010

Esse ano tem eleição! Para pensar.

Publicado no boletim nº2497 em 02 de maio de 2010.


Neste ano, como todos sabem, haverá eleições. Todo o povo deverá comparecer às urnas, dando seu voto para presidente da República, governadores, deputados e senadores (executivo e legislativo).
As eleições são eventos oportunos para o povo organizar a vida em sociedade. Sabe-se que o descrédito do político brasileiro tem levado muitos eleitores à desconfiança, à abstinência, sem saber em quem votar, sem saber em quem acreditar.
O voto, antes de ser direito, é um dever de todos. O cristão é cidadão de duas pátrias. Ele deve dar a Deus o que é de Deus a César o que é de César. Por isso, no exercício de sua responsabilidade civil e política, o cristão vê na expressão do voto algo bastante sério e importante para o bem estar da nação onde vive.
Considerando a importância deste momento histórico de exercício da democracia e do cumprimento do dever cívico, vale à pena lembrar que:
  • O VOTO É LIVRE Todo o eleitor tem o direito de escolher os seus candidatos, independente de vinculação partidária, escolhendo aqueles que poderão servir melhor as necessidades do povo e aos interesses do país.
  • O VOTO É SECRETO Ninguém é obrigado a dizer em quem vota, pois o segredo do voto é um direito assegurado ao eleitor.
  • O VOTO DEVE SER CONSCIENTE Não se deve vender o voto, nem trocá-lo por favores dos candidatos. A propaganda eleitoral, as apelações e até mesmo o dinheiro dos compradores de votos não podem mudar a consciência do voto individual.
  • O MELHOR CANDIDATO É O QUE LUTA PELOS INTERESSES DO POVO Cuidado com os candidatos que só enxergam os eleitores na época das eleições. São os chamados “caçadores de votos”. Eles, às vezes, fazem promessas e não poderão cumpri-las. Aliás, o bom político é aquele que tem a coragem de dizer NÃO a tudo o que prejudica o povo.
É preciso também lembrar que as obras públicas não são favores de políticos ou partidos. As obras são feitas com o dinheiro dos impostos do povo. Obra pública não é presente, mas sim, um direito que o povo tem. Por isto, os interesses do povo devem estar acima das ambições pessoais. Com ações responsáveis dos cidadãos, um dia os políticos aprenderão que são pagos pelo povo para lutar e defender os interesses da comunidade.
Comenta-se, infelizmente, que crente vota em crente! nem sempre. Na verdade, ser evangélico não é requisito para ser um bom político. O próprio Deus escolheu Ciro, governador da Pérsia, um pagão, para libertar o Seu povo na Babilônia. O bom candidato possui bons princípios (inclusive cristãos) e formação especializada para governar.
Compete ao cristão orar pela Pátria e em favor do processo eleitoral. Mas, também, buscar a sabedoria do alto para dar um voto consciente. Deus deve ser glorificado por meio de todos os nossos atos. Isto diz respeito também ao exercício de uma cidadania responsável, lutando em prol do bem estar da nação.
Dizem que crente não se mete em política!. Um conceito equivocado, pois todo o crente vive em uma polis (cidade) e uma república (rés = coisa coisa pública). O cristão se encontra no mundo e deve influenciá-lo como sal, luz e fermento. A igreja deve erguer a sua voz profética e, quando necessário, denunciar as ações que comprometem negativamente o Reino de Deus.
Que Deus conceda sabedoria aos crentes eleitores nessa autêntica expressão do exercício democrático. Cumpra o seu dever; exerça o seu direito, mas faça tudo para a glória de Deus!
“FELIZ ANO DA NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR”.
Saulo Marcos de Almeida

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