Publicado no boletim nº 2495 em 18 de abril de 2010.
Nesta direção a educação tornou-se a mola propulsora da vida social. Sua função era promover uma transformação qualitativa na vida de todo o país garantindo, assim, melhores condições de vida a todo cidadão brasileiro. A educação era o meio mais apropriado para ampliar os padrões de vida e elevar toda a nação ao nível de desenvolvimento. O homem, então, educado estaria preparado para tornar-se um cidadão civilizado e apto para fazer parte do mundo do trabalho.
Para meu espanto, passados mais de 35 anos (estou ficando velho), constato estarrecido alguns dados que passo a detalhar com os irmãos e irmãs. Minha surpresa nasce da intercessão que faço destes números.
Primeiramente, apresento dois dados significativos da educação no Brasil: extraídos do IBGE e INEP (Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos) são otimistas e conquistados, principalmente, a partir de 1990. Vejam dois exemplos: a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais decresceu de 32,94% para 11,4% e o índice bruto de freqüência escolar entre criança de 7 a 14 anos (agora 6 a 14 anos) atingiu 97% - muito pouco para o que pode ser chamado de universalização do ensino fundamental. Para endossar meu argumento não preciso de estatística nenhuma para lembrar que, nunca em nossa história tupiniquim, formaram-se tantos estudantes no ensino superior de nosso país.
Baseando-me naquela antiga idéia de que a educação seria a mola propulsora social do país teria, para ser coerente, que ver a imediata entrada de um número enorme de brasileiros no mercado de trabalho assumindo as vagas de emprego que existem disponíveis em todo o Brasil. Contudo, o que vejo, atualmente, no chamado mercado de trabalho são dados quantitativos nem um pouco otimistas.
Extraí da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que nas regiões metropolitanas do Brasil as taxas de desemprego subiram de 5,5% no período de 1991-97 para 7% entre 1998 a 2000. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) os índices de desemprego aumentaram em todos os setores de atividades no período entre 1994 e 2001 e o que é pior, atinge de forma mais significativa os jovens com idade entre 18 e 29 anos.
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