Publicado no boletim nº 2493 de 04 de abril de 2010.
Hoje é um dia especial para a Igreja. É dia de celebrar a Páscoa, a vitória da vida. Dia de festa e celebração porque a morte não tem mais domínio sobre nós. Se é verdade que nós continuamos sofrendo aqui sob a sua influência, também é certo que a ressurreição é a vitória final. Os judeus já celebravam (e celebram até hoje) a Páscoa. A Pesach, como é chamada por eles, é a festa da libertação. Relembra a última praga do Egito, quando todos os primogênitos egípcios foram mortos. Relembra a salvação dada por Deus, quando o sangue nos umbrais da porta garantiu a vida dos primogênitos hebreus. Relembra o exôdo, a saída do Egito, a marcha rumo à terra prometida.
Jesus Cristo, no entanto, atualizou o sentido da Pesach judaica. Com sua morte na cruz, Jesus Cristo se fez como o cordeiro que deveria ser morto para que o sangue fosse espargido sobre as janelas e as portas: o seu sangue nos garante a vida. Com sua ressurreição, Jesus Cristo promove a libertação a todos aqueles que se tornam participantes da comunidade do Ressuscitado.
Quando Jesus morreu, os discípulos ficaram desesperados. Foram um pra cada canto, como que se esquecendo de tudo que viveram juntos. No entanto, a Ressurreição fez com que todos se unissem novamente. Em torno do Cristo Ressuscitado, fez-se a comunidade de novo.
Que hoje, Páscoa, dia da Ressurreição, possamos ser comunidade de verdade. Povo que vive a comunhão de Jesus Cristo, que celebra a vitória da vida sobre a morte, que se torna instrumento de Deus para libertação de todos os que vivem sob as algemas da morte (física, social, emocional e espiritual). Povo que é a expressão do próprio Cristo Ressuscitado, sinal de vida no reino da morte.
Que Deus nos abençoe e faça de nós esta comunidade da vida!
Rev. Christian Bitencourt
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