Publicado no boletim n 2528 em 12 de dezembro de 2010.
Faz quase cinco anos que escrevi uma pastoral para o boletim da IPE. Ela tinha o mesmo título em epígrafe. Na época, estávamos no culto de posse no pastorado desta Igreja e comemorávamos 10 anos de ordenação ao Sagrado Ministério da Palavra. Foi uma grande festa, eu escrevi. E foi mesmo! Bem maior do que eu imaginava quando escrevi aquele texto dias antes.
Lá eu falava de passado e de futuro. Futuro que hoje, quase cinco anos depois, já se tornou passado novamente. Falava de símbolos e de seus significados. Hoje, sou obrigado a falar novamente estas mesmas palavras. Afinal de contas, se aquela foi a primeira mensagem escrita quando fui instituído pastor nesta Igreja, esta é a última nesta mesma condição.
Sobre o passado é bom que se diga que foi muito bom! Sobre as expectativas lançadas naquele começo pode-se dizer que umas se cumpriram, outras se superaram e algumas não chegaram a se concretizar. Tudo dentro do esperado. Sobre o futuro continuamos a não saber muita coisa. Apenas que a nossa vida está nas mãos d´Aquele que tem todo o controle. Aliás, como sempre esteve. Naquela ocasião escrevi:
Falemos do amanhã. O símbolo é belo não apenas porque ilumina com fulgor o caminho percorrido, mas porque ele também tem o poder de jogar pétalas no caminho que virá. Sendo assim o dia de hoje é simbólico porque é misterioso. Ele nos lança para um lugar desconhecido. O futuro. E o significado de hoje para os amanhãs é que estamos aqui para fincar novas estacas e fazer do caminho que virá realmente novo e belo. Não sabemos como será o caminho, mas podemos escolher as pétalas que serão jogadas.
Sendo assim meu desafio hoje, diante de Deus, e desta igreja amada, é que ao se separarem os nossos caminhos, ambos saibamos construir o futuro que se nos reserva. O maior desafio é aquele que tive a oportunidade de lembrar a mim mesmo aos irmãos em algumas pregações e textos que compartilhei: “não podemos esperar resultados diferentes de ações que são sempre as mesmas”.
O que me enche de esperança, todavia, é que podemos a cada dia escolher e selecionar nossas ações de forma que elas nos levem a novos e empolgantes resultados.
Deixo um grande abraço e todo o meu carinho pastoral com cada um dos irmãos e irmãs aos quais eu aprendi a amar e a respeitar ao longo destes cinco anos.
O símbolo é o adeus, a despedida, o significado, Deus, o Pai, nos mostrará!
Com muito carinho e apreço,
Pr. Marcelo, em 11 de dezembro de 2011.
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