Publicado no boletim n 2530 em 26 de dezembro de 2010.
Cremos num Deus que é um ser humano!
Deus...Ser humano! Assim Ele sonhou ser, assim Ele se tornou.
Coisa estranha para nós que só conseguimos pensar em Deus como um Espírito.
A culpa não é toda nossa. Talvez seja em parte de quem, desde tempos que longe já se vão, ensinou-nos que “Deus é um Espírito eterno, infinito em seu ser, sabedoria, onisciente, onipotente e onipresente”. Mas esta é só uma parte do que os primeiros cristãos aprenderam.
Sem quererem definir Deus, pois que definir significa “dar fim”, eles diziam “Deus é amor”.
Há muito tempo atrás os panteístas confundiam a Deus com tudo o que se via e se sentia. Assim, expressou alguém: “Deus é o inteiramente Outro... Ele está nos céus, nós na terra. Porém, alguém acrescentou: “O inteiramente nosso irmão”. Gente como a gente.
Deus é humano porque não quis ficar só no céu, mas quis ser alguém como nós chorando e sorrindo, como qualquer um de nós.
Sempre foi mais fácil pensar em Deus como um ser intocável que inspira temor e tremor. Que engano horrível! Esquece-se que Ele é Emanuel: Deus conosco. Com certeza isso contribui para que sintamos certa segurança em buscá-la além das estrelas. Por outro lado um Deus assim inspirar-nos-ia mais respeito e mais seriedade.
Deus, porém, trocou a sua majestade pela simplicidade de uma criança que exorcizou os demônios da religião oficial. Ele viveu todas as limitações humanas. E nós vimos este sonho do homem de Nazaré que, no decorrer de sua existência, sempre preferiu as crianças aos intelectuais, os pobres aos poderosos e a poesia dos lírios dos campos aos hinos de guerra dos imperadores.
“Hoje Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro
Ele é a Eterna criança, o Deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que Ele é o menino Jesus verdadeiro” (Fernando Pessoa)
Cremos em Jesus Cristo seu amor feito corpo, gente como a gente...Deus conosco, isso é natal! Feliz Natal irmãos e irmãs.
Rev. Saulo Marcos de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário