Publicado no boletim nº2512 em 22 de agosto de 2010.
Alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor!
Lembro do Rev. Antônio Elias. Saudosa memória. Ele disse certa vez: “combinei com a minha igreja que quando estiver chovendo ou muito frio todos deveriam pensar: já que hoje ninguém vai querer ir à igreja, então eu vou pra ela não ficar vazia. De sorte que nestes dias é que a igreja ficava mais cheia de gente, pois todos pensavam do mesmo jeito.”
A alegria é fator indispensável ao culto. Não basta estar presente, mesmo com o frio. É preciso alegrar-se por buscar a presença de Deus em comunhão com os irmãos. Corremos o risco de tornar a nossa caminhada cristã um fardo, uma dor. E o pior é que mesmo sendo ruim e pesado, a gente não se dá conta de algo se perdeu pelo caminho: a alegria. É preciso parar a caminhada voltar alguns passos e re-encontrar o que se perdeu. “Arrepende-te, volta onde caiu e converta-se”. O Salmo da celebração nos diz que no culto é preciso servir ao Senhor com alegria (Sl 100). Sem alegria não há culto, não há celebração! 
A alegria é fator indispensável quando passamos por tribulações. Tiago, o apóstolo, diz que deveríamos ter por motivo de grande alegria o passarmos por tribulações e tristezas. Porque no fim toda tribulação produz a bênção de Deus em nós. Jeremias também fala que o Senhor nos buscou, nos encontrou e nos amou com amor eterno e neste ato transforma nosso choro em alegria, júbilo. A primeira coisa que precisamos que Deus faça conosco quando passamos por tribulações é nos restaurar a alegria. Busque isso, deseje isso, receba a alegria que o Senhor te dá! Aliás, a alegria é fator indispensável à vida. O escritor sagrado nos fala uma vez e depois repete, com ênfase: “alegrai-vos”. É uma ordem estranha, é verdade. Como eu posso obrigar alguém a alegrar-se? A questão é que mesmo sendo uma exortação, nós temos a escolha. Não somos obrigados a nos alegrar. Mas será muito bom pra nós seguir a orientação bíblica. Significa caminharmos mais ajustados com aquele que nos deu o caminho.
E então? Que tal renovar hoje a alegria em pertencer a Cristo e a seu povo? Que tal contagiar outros a servirem ao Senhor com alegria? O frio tá aí, é verdade. Tinha uma propaganda antiga das casas pernanbucanas. Era um jingle respondendo ao frio que batia à porta com uma voz aterradora: “não adianta bater, eu não deixo você entrar...” talvez pudéssemos responder assim quando o frio tentar nos roubar a alegria de servir senhor. O frio tá aí, mas a alegria também! Seja bem vindo à casa do Senhor!
Com alegria, em 18 de agosto de 2010, Pr. Marcelo
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