Nos dias de Hoje, ainda há cidades nos Estados Unidos da América onde vivem a comunidade dos Quakers, grupo religioso protestante também denominado “A Comunidade dos Amigos”. São pessoas que jamais deixam o convívio da localidade onde estão suas casas e fazendas. Ali eles produzem o que consomem, casam-se e educam seus filhos. O filme “A Vila”, é uma boa dica pra gente conhecer um pouco sobre este grupo de pessoas.
Às vezes sonhamos com uma igreja assim. Um lugar onde tudo esteja pronto e que a gente não precise mais do “mundo” pra viver. Isso porque a partir da nova vida em cristo, a nova família da fé deveria (na nossa imaginação fértil) resolver todos os nossos problemas. Imaginamos não precisar mais de filas pra carregar o bilhete de viagens nem pra receber o pagamento. Não precisar se dirigir às autoridades para resolver problemas, não ter que pagar impostos ou taxa de lixo ou de asfalto.
Mas não é assim. Não somos Quakers. Somos cidadãos de duas pátrias, é certo: a terrena e a celestial. Mas isso não exclui ter que acordar de manhã e ir à luta, como qualquer mortal que também é cidadão como nós.
A Vida é boa. “Ninguém quer a morte, só saúde e sorte”. Mas é também verdade que viver dá trabalho. Ninguém poderá dizer que é agradável receber uma multa caríssima, ou ter um familiar condenado e preso.
E então, como resolver o problema? É aí que eu vejo o papel comunitário e amparador da igreja local. Mesmo que não vivamos separados do mundo, a vida em comunidade é uma alternativa feliz pra nossa caminhada como seres-humanos e sociais. É no convívio que encontramos pessoas dispostas a “chorar com os que choram e a se alegrar com os que se alegram”. Gente que se dispôs a acreditar e obedecer nos escritos sagrados que dizem: “um ao outro ajudou e ao companheiro disse: esforça-te”.
Queremos ser uma comunidade assim. Não esperando falsamente uma elevação a tal ponto deste mundo que a nossa vida se torne uma grande mentira. Mas uma comunidade com pessoas de carne, osso, CIC, RG e endereço. Um grupo de pessoas que se importam umas com as outras, que sentem falta, que apontam o erro com amor e que festeja as vitórias individuais como se fossem coletivas.
Agindo assim temos em mãos um dos mais poderosos instrumentos da evangelização. A amizade e os relacionamentos. Junte-se a nós para que a nossa vida e nosso convívio sejam um megafone a anuncias as maravilhas de Deus em seu filho, Jesus Cristo.
Em 13 de julho de 2010. Marcelo Coelho
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