sexta-feira, 14 de novembro de 2008

NEGRO, PASTOR, HERÓI

Publicado no Boletim nº 2420 no dia 09 de Novembro de 2008.

Não. Não me refiro ao presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele não é pastor. “Negro, pastor, herói” é o título do artigo escrito pelo cientista político e bispo anglicano Robinson Cavalcanti, por ocasião do 20º aniversário do assassinato do pastor e Prêmio Nobel da Paz Martin Luther King . Agora, 40 anos depois, acompanhamos o mesmo Rev. Jesse Jackson, que o acudiu naquela emboscada em Memphis, com lágrimas nos olhos ao ouvir o anúncio da vitória do senador negro Barack Obama.
Sim. É um acontecimento histórico. E não depende do governo que o presidente eleito realizar. Afinal, os Estados Unidos não elegeram um santo, nem mesmo um diácono, mas um presidente. E, antes de mais nada, é bom deixar claro: ser de direita ou de esquerda não nos torna melhores ou piores cristãos. Tanto lá como cá, lulistas ou serristas. Porém, é irresistível lembrar, por exemplo, que se você, ou seu pai, ou seu avô são brancos e estiveram naquele país nos anos 60, certamente não andaram de ônibus com algum negro e, o mais provável, freqüentaram um ou outro lugar — quem sabe uma igreja — onde apenas os brancos entravam. Faz pouco tempo.
Na minha modesta opinião a história não mudou hoje, como afirmam alguns. Ela mudou e muda todos os dias. Hoje, também. Em 1968, quando um tiro certeiro pôs fim à vida de Martin Luther King — naqueles dias lançávamos a primeira edição do então tablóide Ultimato. Mudou quando fundamentalistas se jogaram contra as torres gêmeas, em Nova York, ou quando os Estados Unidos invadiram o Iraque. Mudou, quem diria, quando nasceu meu primeiro filho. Você pode fazer a sua lista. Enfim, “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13).
Acesse www.ultimato.com.br e assista no blog ao histórico discurso de Martin Luther King, “Eu tenho um sonho” e leia o artigo citado.

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