domingo, 24 de maio de 2009

A ANSIEDADE É INJUSTIFICÁVEL

Publicado no boletim nº 2448 de 24 de maio de 2009

Mateus 6:24-34

Embora reconheçamos a existência de muitos especialistas da saúde advertindo-nos para os males causados pela ansiedade, inclusive, como causadora de depressão e stress, há muito tempo atrás Cristo já alertava os seus discípulos a respeito desse mal e seus desdobramentos em nossa vida.

Para Cristo a ansiedade é uma enorme divisão interna no ser humano, produtora de preocupações demasiadas com o que ainda não aconteceu e nem tão pouco se pode prever. Para tanto, o uso consciente de Mateus 6:24: “ninguém pode servir a dois senhores”, pois a não assertividade das escolhas no cotidiano, pode trazer prejuízos muito grandes à vida e à saúde.
Por outro lado, não se pode entender nas palavras bíblicas, quaisquer indicações de comodidade, posto que a ausência de ansiedade não é a isenção de responsabilidades assumidas no decorrer de nossas atividades cotidianas no trabalho, na família, na igreja. Não ser ansioso traduz-se em não ser acomodado!

Assim, devemos entender a ansiedade como injustificável!

Quando permitimos que o nosso potencial presente (vontade, atitude, emoção, criatividade etc.), se instale apenas nas expectativas do futuro e seja direcionado tão somente às coisas (ter em detrimento do ser), deixamos de perceber o cuidado providencial de Deus no dia a dia da nossa vida. Em outras palavras, ao projetarmo-nos sem limites para o porvir, esquecemo-nos que Deus está suprindo as nossas necessidades diárias e, às vezes, sequer paramos para agradecê-lo. Por isso Ele nos adverte chamando-nos de gentios, pois eles: ”é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas”. E acrescenta: “homens de pequena fé”. Disto resultam as Suas recomendações de que observemos as aves do céu e os lírios do campo. Se o criador é capaz de cuidar de suas criaturas, não protegeria muito mais os que foram criados à sua imagem e semelhança?

A ansiedade também é injustificável porque contraria a vontade maior de Deus para as nossas vidas: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”. Somos construidores do Reino aqui na terra e nosso compromisso consiste em obedecer a Cristo e servir ao próximo. Qualquer alteração no curso dessa caminhada nos tornará desobedientes, pois não cumpriremos com a nossa missão. Sobretudo, ansiosos, pois buscaremos no acúmulo dos bens o sentido último de nossas vidas.

Permitamos que Deus corrija essa área tão frágil de nossa vida e sintamos o seu poder e graça diários em nossa vida.

Rev. Saulo Marcos de Almeida

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