sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

LAGO, BAHIA E OCEANO - (Ef. 3.8) “As Insondáveis riquezas de Cristo”

Publicado no Boletim de nº 2423 do dia 30 de Novembro de 2008.



A gente sempre cantou aquele hino, mas acho que a gente não sabia muito bem o que dizíamos: “Mais de Cristo eu quero ter / seu ensino receber... Mais de Cristo eu quero ouvir / em seus passos prosseguir... Mais, mais de Cristo / Mais, mais de Cristo”. Digo isso porque há momentos consideráveis de nossa caminhada cristã em que a gente pensa que já dá conta de tudo. Ta bom, a gente pensa. “xiiii esse texto de novo, tô cansado desse arroz com feijão”.

O aprendizado e a retenção do que se ensina é tanto responsabilidade de quem ensina quanto de quem aprende. A bênção na pregação da Palavra é tanto responsabilidade de quem prega quanto de quem ouve. Talvez até em maior parte de quem ouve. Isto porque é bem possível alguém aprender sozinho e alguém encontrar o favor de Deus buscando sozinho em sua Palavra. Mas não temos notícias de que professores ou pregadores passem a noite falando pra ninguém ouvir.

Paulo, apóstolo, se considera um privilegiado. A Ele foi dada a graça de pregar aos gentios. A graça de falar não de si ou por si mesmo. Mas a de pregar um conteúdo maravilhoso e riquíssimo: o Evangelho. E qual é o conteúdo do Evangelho? São as insondáveis riquezas de Cristo.

O pregador do Evangelho jamais poderá dizer: já preguei tudo, acabou! Esgotei tudo o que tinha de conteúdo na mensagem do Evangelho. Ele, o pregador, sempre terá mais o que falar e o ouvinte sempre, por toda a sua vida, terá mais o que receber do conhecimento de Deus. Isto porque as riquezas de Cristo são insondáveis. Inesgotáveis.

Há um autor que gosta de comparar a santidade de determinados homens e mulheres a montanha altas e famosas. Fulano, diz ele referindo-se, por exemplo a Paulo, é como o Everest. Aquele outro é como o Himalaia, já aquela mulher tupiniquim pode ser comparada ao Pico da Neblina. Se esse autor vivesse em nosso meio ele diria que algum irmão ou irmã de nossa comunidade poderia ser comparado ao Pico do Jaraguá. Quem sabe, você?

Mas o curioso é que com isso ele mostra que há pessoas cuja aplicação, determinação e empenho em conhecer as insondáveis riquezas de Cristo são tão altos, e essas pessoas ´habitam´ um lugar de comunhão tão sublime que outros que lá estivessem poderiam morrer sufocados. Habitam lugares de santidade e de conhecimento de Deus cujo ar é rarefeito.

Acho que isso é bem possível quando olhamos a expressão “insondáveis riquezas de Cristo”. Ora se são insondáveis é sempre possível obter um pouco mais.

Quando pensamos na diferença de tamanho e de profundidade entre a Lagoa, a Bahia e o Oceano estamos bem próximos de entender quão inesgotáveis são os juízos de Deus e quão inescrutáveis os seus caminho. Quem o conheceu?

“A fim de poderes conhecer, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento”. V. 18

Pr. Marcelo, em 28/11/08.

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