Mensagem Pastoral Extra
Existindo desde o Séc. XVI e estabelecida no Brasil com a chegada do Rev. Ashbel Green Simonton – o pioneiro que aportou no Rio de Janeiro aos 12 de Agosto de 1859 -, os presbiterianos ou reformados se distinguem com marcas próprias que, às vezes, chamam a atenção ou incomodam e até preocupam outros cristãos.
Dentre outras características, a Igreja Presbiteriana é...
UMA IGREJA DE RICAS TRADIÇÕES
Atualmente, vive-se no mundo automatizado. Os resultados são instantâneos. Tudo pode ser descartável. Muitos andam em busca de novidades. Há os que pensam que a igreja presbiteriana é tradicionalista. Realmente, a igreja presbiteriana não nasceu ontem. Ela é herdeira de uma rica tradição histórica, herdeira da reforma religiosa ocorrida na Europa no Séc. XVI. Ela é seguidora da tradição dos apóstolos e baseia os seus ensinos na Bíblia Sagrada – a sua única regra de fé e prática. Seguidores de João Calvino (Suiça) e João Knox (Escócia), dentre outros, os Presbiterianos (ou Reformados) se encontram muito bem distribuídos entre os vários países do mundo, sendo a maior denominação nos países de fala inglesa. Como os demais protestantes, os presbiterianos também crêem na Justificacão de Graça por meio da Fé e no sacerdócio Universal dos Crentes – Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e o homem.
Crendo na soberania de Deus, uma Pessoa ordeira que possui planos e propósitos sublimes, a Igreja Presbiteriana procura honrar a sua estrutura, governo e história, valorizando a sua rica tradição cristã.
UMA IGREJA ABERTA A INOVAÇÕES
A Igreja Presbiteriana é herdeira do protestantismo histórico. E como tal preserva um princípio da Reforma do Séc. XVI: “Igreja reformada sempre se reformando”. A igreja Presbiteriana conserva a mesma fé, a mesma doutrina, os mesmos princípios. Porém, como agência do Reino de Deus não envelhece. Ela busca “novos caminhos para os novos tempos”, visando contextualizar as suas práticas e adequar os seus planos e metas. Ela valoriza mais os princípios do que os métodos, mais o interior do que o exterior, mais o conteúdo do que a forma.
Como reformados, os presbiterianos tem a mente aberta e o coração sensível a ação do Espírito Santo, procurando manter um bom relacionamento com as demais igrejas, compreendendo que a fé cristã alcança os vários ambientes da sociedade, onde os cristãos atuam como sal da terra, luz do mundo, fermento da massa. Não somos mundanos, mas estamos no mundo e somos desafiados a influenciá-lo positivamente com a mensagem do Evangelho de Cristo.
UMA IGREJA BASTANTE EQUILIBRADA
Como todos os extremos são perigosos, os presbiterianos se posicionam de forma equilibrada nas várias questões da vida. Por exemplo: não há vigilância excessiva quanto aos usos e costumes dos membros da Igreja, pois os presbiterianos entendem que isto é algo de responsabilidade pessoal. Nao é frouxidão, nem acomodação, nem excesso de tolerância; mas sim, uma visão bíblica de que cada um dará contas a Deus de todos os seus atos. Também, porque na visão de Graça, entendem que não há nada que possa ser feito para se alcançar a salvação, que é dom gratuito de Deus.
A Igreja Presbiteriana concebe a vida em seu todo, compreendendo que Deus é dono de tudo e não apenas nas questões chamadas “espirituiais”. Por exemplo: os momentos de recolhimento espiritual (Estudo Bíblico, Oração, Louvors etc.) são fundamentais. Porém, a vida com Deus nao se limita ao mundo estritamento “religioso”. Ela continua também através das múltiplas atividades de cada dia: nas questões éticas, nos relacionamentos sociais, na convivência familiar e humana etc. Daí também a sua preocupação com a vida política, econômica, social, educacional etc.
Ao se comemorar os 149 anos de presbiterianismo no Brasil (138 anos em Campinas; e 105 de reorganização), os presbiterianos devem vislumbrar os inúmeros desafios desses tempos que exigem uma postuma bíblica e contextualizada da fé. Em meio a tantas manifestações religiosas, a Igreja Presbiteriana se ergue com uma voz comprometida com a Palavra de Deus e com a sua rica história protestante. Que o Senhor possa capacitá-la a permanecer fiel a sua santa vocação!
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