Estamos em pleno Carnaval. Nosso país tem uma relação de amor e ódio com esta festa. Alguns adoram o Carnaval e aguardam ansiosamente a chegada dos dias de folia. Outros o odeiam e, tão logo chega a sexta-feira, arrumam um jeito de sumir e aproveitar os dias de descanso.
Todos gostam de festa. Se não da festa propriamente dita, com gente, comida e barulho, pelo menos do que a festa simboliza: alegria e comunhão. Festa solitária não faz sentido. Precisamos do outro para a celebração ganhar corpo e a alegria se concretizar nos conhecidos ritos de festejo. É por isso que gostamos de comer e beber juntos dos amigos, de contar as últimas piadas aprendidas e de repetir as mesmas histórias de sempre dos anos passados. Gostamos de celebrar.
No entanto, muitas festas são um ritual vazio de significado. O Carnaval talvez seja um grande exemplo disto. São quatro dias de folia intensa, mas o que se está festejando? Quando chega a quarta-feira e suas cinzas tradicionais, a rotina volta ao seu lugar e um vazio enorme aparece no coração do folião. Que festa é essa que dura tão pouco? Que alegria é essa, tão fugaz?
Jesus Cristo entendia de festas. O seu primeiro milagre foi numa celebração de casamento (João 2.1-11). O vinho havia acabado e, com ele, a própria festa estava terminando. Instigado por sua mãe, Jesus inicia seu ministério ao transformar água em vinho, revelando assim sua glória aos discípulos. Não é ousadia nenhuma afirmar que o primeiro milagre de Jesus foi fazer a festa continuar.
Este é um ensinamento importante para nós. Se Jesus Cristo está presente, a festa nunca termina. Não há quarta-feira de cinzas para quem tem Jesus no coração. Ao contrário, o cinza sem-graça das tristezas e desilusões ganha nova tonalidade e sentido diante do senhorio de Cristo. Ele está sempre no controle. Ele é o sentido da verdadeira alegria. Ele é a garantia de que a folia será eterna.
Que neste Carnaval, experimentemos a verdadeira festa e a alegria real. Que Jesus Cristo habite em nossos corações e nos prepare, dia a dia, para esta celebração que dura para sempre.
Rev. Christian Bitencourt
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