Publicado no Boletim nº 2415 do dia 12 de Outubro de 2008.
Parecia uma manhã como as demais. Tirando o fato de que um desânimo enorme se apoderou de mim. Eu tinha o costume de, por duas ou três manhãs da semana, ir até o estádio do Pacaembu e lá fazer meus exercícios físicos e finalizá-los com uma corridinha na pista ao redor do campo de futebol. [Certa vez não resisti e pisei o gramado. Foi fantástico!] Mas naquele dia não fui lá pra isso. Não tinha forças pra me exercitar, nem tampouco correr. Acho que o que eu queria mesmo era correr pra longe dos problemas e da aflição da minha alma.
De repente me ocorreu ir para um lugar onde eu pudesse ficar só comigo mesmo para assim, quem sabe, encontrar o Senhor na minha oração. A Bíblia fala que estes momentos deveriam ser vivenciados no ´teu quarto´. E eu estava mesmo era à procura de um lugar desses.
Estacionei o carro e comecei a caminhar pela pista e a falar com Deus. Meus olhos contemplavam de um lado e do outro, milhares de assentos vazios na arquibancada. E minha memória oscilava entre lembrar que Deus cuida de mim mesmo sendo eu mais um entre milhares e que aquele lugar tão silencioso é também o lugar de pessoas em êxtase tomadas de todas as emoções possíveis. Era como se eu ouvisse duas vozes: uma a que dizia: você continua sendo meu filho amado e a outra, bem longe, insistia em toar: “timão eh ô...”
Percebi que eu estava no lugar certo para o encontro desejado. Quase no final da volta na pista, olhei para um lado e para outro e, não vendo ninguém que me reprovasse, e percebendo que não causaria mal nenhum ao patrimônio público, resolvi subir a arquibancada do lado esquerdo do tobogã. Lá estava eu: “às margens do campo de futebol subi as arquibancadas e lá me assentei e chorei”. Na hora não vi nenhuma semelhança com os rios da babilônia, em cujas margens os israelitas se assentavam e choravam lembrando a terra santa. Todavia, hoje vejo que experimentei todos aqueles sentimentos relatados no salmo: saudade, tristeza, injustiça, e outros.
Não demorou muito a vir um funcionário e gritar lá de baixo algo que eu fiz questão de não ouvir, pois estava ocupado demais para olhar pra ele. Percebi então que ele começou a subir a arquibancada, bem como o que ele viria fazer ali. Mas aproveitei intensamente aqueles minutos que ele demorou pra vir onde eu estava.
Eu me sentia em terra estranha e proibida. Mas ao mesmo tempo aquele lugar me era maravilhosamente familiar. Meus questionamentos acerca da vida, pareciam estarem sendo postos no lugar certo. Sentia-me profundamente acolhido em minha oração. Foi um momento mágico.
Isto aconteceu há mais ou menos 6 anos atrás. Mas na semana passada, depois de visitar o museu do futebol, sonhei com aquele momento e com o salmo 137, e foi muito bom lembrar aquilo tudo. Por isso resolvi compartilhar com você estes sentimentos e emoções.
Qual é o seu lugar de encontro com Deus e com você mesmo?
O que é sagrado pra você?
Como você se sente depois que você sai “quarto”? Mt. 6.6
Com carinho,
De repente me ocorreu ir para um lugar onde eu pudesse ficar só comigo mesmo para assim, quem sabe, encontrar o Senhor na minha oração. A Bíblia fala que estes momentos deveriam ser vivenciados no ´teu quarto´. E eu estava mesmo era à procura de um lugar desses.
Estacionei o carro e comecei a caminhar pela pista e a falar com Deus. Meus olhos contemplavam de um lado e do outro, milhares de assentos vazios na arquibancada. E minha memória oscilava entre lembrar que Deus cuida de mim mesmo sendo eu mais um entre milhares e que aquele lugar tão silencioso é também o lugar de pessoas em êxtase tomadas de todas as emoções possíveis. Era como se eu ouvisse duas vozes: uma a que dizia: você continua sendo meu filho amado e a outra, bem longe, insistia em toar: “timão eh ô...”
Percebi que eu estava no lugar certo para o encontro desejado. Quase no final da volta na pista, olhei para um lado e para outro e, não vendo ninguém que me reprovasse, e percebendo que não causaria mal nenhum ao patrimônio público, resolvi subir a arquibancada do lado esquerdo do tobogã. Lá estava eu: “às margens do campo de futebol subi as arquibancadas e lá me assentei e chorei”. Na hora não vi nenhuma semelhança com os rios da babilônia, em cujas margens os israelitas se assentavam e choravam lembrando a terra santa. Todavia, hoje vejo que experimentei todos aqueles sentimentos relatados no salmo: saudade, tristeza, injustiça, e outros.
Não demorou muito a vir um funcionário e gritar lá de baixo algo que eu fiz questão de não ouvir, pois estava ocupado demais para olhar pra ele. Percebi então que ele começou a subir a arquibancada, bem como o que ele viria fazer ali. Mas aproveitei intensamente aqueles minutos que ele demorou pra vir onde eu estava.
Eu me sentia em terra estranha e proibida. Mas ao mesmo tempo aquele lugar me era maravilhosamente familiar. Meus questionamentos acerca da vida, pareciam estarem sendo postos no lugar certo. Sentia-me profundamente acolhido em minha oração. Foi um momento mágico.
Isto aconteceu há mais ou menos 6 anos atrás. Mas na semana passada, depois de visitar o museu do futebol, sonhei com aquele momento e com o salmo 137, e foi muito bom lembrar aquilo tudo. Por isso resolvi compartilhar com você estes sentimentos e emoções.
Qual é o seu lugar de encontro com Deus e com você mesmo?
O que é sagrado pra você?
Como você se sente depois que você sai “quarto”? Mt. 6.6
Com carinho,
Pr. Marcelo Coelho Almeida
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